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15 de fev de 2023 São Paulo
A parada não programada é um dos grandes vilões de uma indústria mineradora, onde cada minuto interrompido resulta em perda de produtividade e, consequentemente, de lucro. Estudo feito pela empresa britânica de manutenção preditiva Senseye, adquirida recentemente pela Siemens, estimou o prejuízo causado por inatividades inesperadas: praticamente um dia inteiro, ou 23 horas, é desperdiçado a cada mês nas indústrias minerais por problemas que, na grande maioria dos casos, poderiam ter sido detectados antes mesmo da ocorrência surgir.
A pesquisa avaliou 72 multinacionais industriais e manufatureiras de vários países do mundo, inclusive do Brasil, de setores de mineração, automotiva e óleo e gás. O custo dessa hora parada no setor mineral, segundo o estudo, equivale a US$ 188 mil (quase R$ 1 milhão). A realização de manutenções não planejadas dentro de mineradoras acontece em grande parte para reparar danos causados pela abrasividade.
Equipamentos e bombas estão sujeitos a impactos de pedras e outros insumos do processo que prejudicam o desempenho e a produtividade, podendo provocar paradas com custos altíssimos. Neste desafio rotineiro para garantir a integridade das máquinas, as soluções adesivas se modernizaram e ampliaram suas contribuições dentro das minerações.
Produtos adesivos compostos por elastômeros são trunfos na resistência a impactos, tração e flexão sem danificar as estruturas, graças à sua propriedade elástica. Essa característica é especialmente importante em etapas do processo em que o minério muda de nível verticalmente. Nesses momentos, o produto colide perpendicularmente com as superfícies, o que pode causar trincas, desplacamentos e furos. Paralelamente ao desenvolvimento de sistemas eficazes de prevenção, as indústrias minerais nacionais também devem constituir planos corretivos que promovam soluções rápidas.
Trocar uma tubulação danificada, por exemplo, implicaria em perda de produtividade e em uma série de gastos elevados com horas paradas para mapeamento e execução do serviço, mão de obra especializada e aquisição de novos equipamentos. Resinas epóxi bicomponentes de última geração conquistaram espaços em revestimentos de proteção de paredes metálicas por reconstruir superfícies contra abrasão sem necessidade de troca de estruturas, com cura rápida e sob temperatura de trabalho superior a 120°C, mantendo o funcionamento de equipamentos críticos após a aplicação.
Mesmo as paradas planejadas de manutenção requerem metodologias específicas. As aplicações adesivas permitem o reparo no próprio local onde o equipamento está instalado, simplificando o processo e agilizando o retorno à operação. Em alguns casos, a manutenção não pode durar mais de 6 horas para a liberação do equipamento, exigindo produtos de cura rápida para esses intervalos pequenos de manutenção.
Além disso, o reparo adesivo elimina a necessidade de solda de chapas metálicas e com performance mais longa, utilizado principalmente em chutes em mineração, carregadores de grãos em entrepostos e bombas em diversas aplicações.
O velho e conhecido ditado “prevenir é melhor do que remediar” se aplica com maestria no setor mineral. Esses cuidados preditivos e preventivos deveriam ser seguidos por todas as Mineradoras, mas nem sempre é isso o que acontece. E quando não houver outro jeito a não ser remediar, a “cura” precisa surtir efeito imediato, evitando maiores prejuízos. Manutenções assertivas e gerenciamentos periódicos de paradas para manutenção contribuem para a produtividade e ajudam a detectar qualquer indicação de anormalidade e possíveis falhas futuras.
Fábio Costa, Gerente Regional de Vendas da Henkel
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