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28 de set de 2021 São Paulo
A frota de veículos nunca esteve tão velha no Brasil. A média de idade dos carros que circulam no país é de 10,3 anos, a maior dos últimos 25 anos, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O desgaste dos veículos traz sérios riscos à segurança de motoristas e pedestres e reforça a necessidade de manutenção e reparos periódicos.
Dos 46 milhões de veículos em circulação no país, 9 milhões (19,7%) têm mais de 11 anos. O aumento no tempo de uso é consequência da pandemia, destaca o Sindipeças.
O estudo informa que o fechamento do comércio durante o período de isolamento social, inclusive concessionárias, e os protocolos de segurança adotados pela indústria restringiram os volumes de produção e vendas em 2020. Em vez de comprar carros novos, muitos priorizaram a manutenção dos atuais.
O envelhecimento da frota não ocorre apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, a média subiu para 12,1 anos, de acordo com estudo da HS Markit. Em 2002, a frota norte-americana tinha média de 9,6 anos. Assim como no Brasil, o isolamento reduziu a circulação e negociação de carros. O estudo da HS Markit destacou que a pandemia acelerou o aperfeiçoamento de transações online de automóveis nos EUA.
Saiba quais são os sinais de desgaste de peças importantes e como aumentar a durabilidade do veículo:
Suspensão: Você já teve a sensação de que o carro está balançando mais do que o normal? Isso é um forte indício de desgaste da suspensão.
Outro sinal de desgaste da suspensão é quando o carro apresenta instabilidade nas curvas. Essa dificuldade para “domar” o carro está diretamente ligada ao sistema de suspensão. Em uma revisão, são avaliados o alinhamento de direção e o balanceamento das rodas, que ajudam a deixar o carro no eixo, aumentando a vida útil dos amortecedores.
“A suspensão absorve as vibrações da carroceria, trazendo estabilidade e conforto para o motorista e ocupantes. A manutenção preventiva ajuda a avaliar o desempenho, proporciona maior segurança ao veículo e tem um custo muito menor em relação a um conserto”, explica Diana Sabino, Gerente de Vendas para o Mercado de Manutenção e Reparação Automotiva da Henkel para o Brasil.
Amortecedor: O amortecedor integra a suspensão do veículo e sofre desgaste em virtude de oscilações e irregularidades do solo. Bom seria se todas as ruas tivessem asfaltos em excelente condição. Mas não é bem isso que vimos no nosso dia a dia.
A revisão do amortecedor envolve diversos serviços, entre os quais a verificação de possíveis peças enferrujadas e danificadas. Em carros mais antigos, alguns parafusos podem se afrouxar, gerando instabilidade ao veículo.
Ao efetuar substituição por peças novas, como parafusos e porcas, o travamento é essencial para manter a estabilidade do carro. Diante disso, soluções desengripantes auxiliam na remoção de peças enferrujadas e engripadas.
Para-choques e carrocerias: Qual veículo com mais de 10 anos de vida que não apresenta pequenos arranhões, desgastes na pintura e leves danos no para-choque e carroceria?
Essas marcas que muitos carros carregam ao longo dos anos não comprometem apenas o visual, mas afetam também a segurança do veículo. Pequenas fissuras, amassos e rachaduras no para-choques podem reduzir o poder de amortecimento do para-choques contra impactos.
“Na maioria dos casos, o reparo de um para-choque e carroceria se faz sem precisar trocar a estrutura. As soluções adesivas atuam no sentido de preencher a área danificada, em processos de preparação de superfícies e reparo, que fazem o produto se integrar às características da superfície, oferecendo maior segurança”, comenta Diana Sabino.
A troca de para-choque é aconselhada somente quando os danos são muito graves, não havendo possibilidade de recuperação.
Pastilhas de Freio: Quem já andou de bicicleta vai entender como funciona a pastilha de freio. Quando a alavanca do freio da bicicleta é acionada, as sapatas de freio apertam a roda, cujo atrito faz reduzir a velocidade. No carro, o processo é semelhante. Quando o pedal de freio é acionado, as pastilhas são pressionadas contra o disco de freio, gerando a redução da velocidade.
A pastilha de freio é uma peça fundamental para a frenagem, mas sofre desgaste natural com o tempo. Por isso requer manutenções regulares. O grau de desgaste depende da sua utilização, conservação e rodagem do carro.
Um dos sinais de desgaste são aqueles chiados agudos nas frenagens. Isso acontece porque a estrutura de metal da pastilha de freio já está em contato direto com o disco.
Outro indicativo de deterioração ocorre quando o freio não responde com a mesma intensidade de antes. Excesso de poeira e resíduos sobre as rodas também é sinal de desgaste.
“A manutenção eficiente verifica se o sistema de freios do carro está em dia. Uma etapa importante é a lubrificação. Os lubrificantes evitam o desgaste entre as partes metálicas da pastilha e disco, além de dar proteção para o carro contra ferrugens e intempéries”, diz a profissional da Henkel.
Em muitos casos, os chiados ocorrem pela vibração no momento da frenagem. Os revestimentos com silenciador de freio a disco podem ser utilizados para dar proteção e eliminar esse ruído.
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